Sobre a APLB...

APLB - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia Filiado à Federação dos Trabalhadores Públicos da Bahia, à CTB e CNTE. C.G.C N° 14.029219/0001-28. Considerado Entidade de Utilidade Pública pela Lei Estadual n° 02254/65 e Lei Municipal - Fundado em 24 de abril de 1952. Transformado em Sindicato em 1989.

O Núcleo da APLB de Caém foi fundado em 20 de Junho de 2009, com o objetivo de organizar os profissionais da educação para que melhor possam defender seus interesses, representando o canal de negociação entre esses servidores e o poder público.

A Organização dos Trabalhadores tem sido, entretanto uma das questões que vem mudando o rumo da história da humanidade. Com o advento da Revolução Industrial na Inglaterra no século XVIII, os trabalhadores passaram a ser cada vez mais explorados, a receber baixos salários, a não ter segurança no trabalho, direito a férias, descanso semanal remunerado e ainda tinham que trabalhar de 14 à 16hs por dia.

Foi graças às organizações dos operários que essa realidade tem mudado, muitos morreram, outros foram perseguidos presos e torturados, para que hoje, tivéssemos uma legislação que assegure os direitos dos trabalhadores.

No Brasil, a Constituição assegura a livre associação profissional ou sindical. As greves foram regulamentadas pela Lei 7.783, de 1989. A paralisação é permitida, mas a lei determina que não pode haver greve total em serviços ou atividades essenciais.

Os direitos, hoje assegurados aos trabalhadores não foram concedidos graças à generosidade política dos governantes, mas representam uma conquista das organizações desses profissionais.

A organização de classe não só é necessária nos períodos de opressão, mas na necessidade de se organizar e lutar pelos interesses e melhores condições de trabalho, econômicas e de parceria no desenvolvimento e bemestar da sociedade, unindo e divergindo quando necessário.

ENTRE EM CONTATO CONOSCO:

E-MAIL: aplbcaem@yahoo.com.br TEL: (74) 3636-7151

VISITE SEMPRE NOSSO BLOG:

www.aplbcaem.blogspot.com

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

GOVERNO DO ESTADO PODERÁ FECHAR ESCOLA COM MAIS DE 40 ANOS DE EXISTÊNCIA


             Escola do Estado que funciona a mais de 40 anos poderá ser fechada no Distrito de Gonçalo no município de Caém/BA. Trata-se de uma comunidade com aproximadamente 4 mil habitantes, onde funciona o Anexo do Colégio Estadual Arnaldo de Oliveira, que recebe alunos do Distrito/Gonçalo, Distrito de Piabas e da zona rural. A unidade escolar conta com 165 alunos matriculados para o ano letivo de 2025, sendo que boa parte desses alunos se deslocam em um percurso de aproximadamente 15 km.

Na tarde de hoje (13/02/25), o diretor da APLB Sindicato núcleo de Caém. Professor Gilvando Inácio, foi surpreendido com o coletivo de mães que buscaram ajuda no sindicato. As mães relataram que estão sendo informadas que os alunos terão que ser transferidos para a Escola de Sede do Município. Com essa mudança os alunos poderão percorrer uma distância de mais 70 quilômetros, sem contar o retorno que dobra essa distância, isto todos os dias.  Segundo o coletivo de mães muitos dos seus filhos abandonarão seus estudos, caso isso aconteça.

A questão é: por que essa mudança poderá ser efetivada? Recentemente o governo do Estado construiu na sede do município uma “Mega Escola”, uma estrutura encantadora e que deixa qualquer município com inveja. Reconhecemos o esforço do governo e o parabenizamos pela estrutura entregue à comunidade. Até aí tudo bem! Agora, condicionar os alunos a terem que se deslocarem a uma média de 140 quilômetros diários, é inaceitável e infringe o que prever a legislação, que garante o direito de os alunos estudarem o mais próximo possível de suas residências.

O Ensino Médio foi fundado em Gonçalo por uma luta histórica há mais de 40 anos, tem resistido ao tempo e construído seu lugar na história. Podemos afirmar que boa parte dos professores que atuam na educação municipal e na rede estadual se formaram nessa escola. Principalmente os que atuam no próprio distrito, zona rural e até mesmo na universidade, a exemplo de professores da Universidade do Estado da Bahia, que tiveram a conclusão do ensino médio no ANEXO que agora poderá deixar de existir. Não só isso, desse lugar tem saído alunos todos os anos para as universidades estadual e federal do Brasil, em cursos como medicina, direito, engenharia, arquitetura, Design, odontologia, nutrição, psicologia, pedagogia e licenciatura, entre tantos outros.  Com o pouco que se tem e com o que é oferecido os professores têm feito a diferença e construído o curso da história.

Nesse curso da história, a atual diretora do Colégio Arnaldo de Oliveira, assim como, a atual gestora do NTE 16, fizeram seu percurso formativo da educação básica nesse Anexo, onde também atuaram como professoras.  Diante dessa realidade é inaceitável e inadmissível concordar com atitudes do Governo do Estado, que venha prover pelo fechamento do Anexo. Mediante a viabilidade do fechamento do Anexo, as mães esperam que o prefeito de Caém, “possa intervir junto ao governo do Estado, pela continuidade do funcionamento do Anexo na comunidade”. A APLB Sindicato, enquanto representante dos trabalhadores da Educação e defensora da Educação Pública, apoia a iniciativa das mães e conclama ao prefeito Arnaldo Oliveira Filho (Arnaldinho), que faça o mesmo, unido forças para evitar o fechamento do Anexo.

A APLB propôs as mães que estiveram presentes, uma reunião com a gestora do NTE 16 e com a diretora do Colégio Arnaldo de Oliveira, que são responsáveis pelo funcionamento do Ensino Médio no município, para o dia 18/02 às 14:00h, o sindicato irá convidá-las para esclarecer se realmente essa possibilidade existe.

Confirmada essa viabilidade, conclamamos a comunidade, pais, responsáveis, estudantes, educadores e todos que se importam e compreendem a importância de uma unidade escolar funcionando na comunidade. Escola é vida! Fechá-la representa o retrocesso e o atraso. O movimento do MPA da comunidade de Várzea Queimadas, no município de Caém, vem lutando e discutindo a viabilidade de uma faculdade na comunidade, e não duvide disso, eles recentemente conseguiram uma "Mega Creche", do governo do Estado. No Gonçalo querem apagar a comunidade fechando uma escola do Ensino Médio, o mesmo governo, agindo na contra mão do que defende.

A APLB Sindicato irá instituir uma comissão de mães e estudantes, para irem até a governadoria, cobrar do governo explicações e se colocarem contrário, caso esse movimento venha se efetivar.

Estejamos atentos e vigilantes, as mudanças começam de forma disfarçada. Fiquemos atentos aos movimentos e percursos dos processos. Seguiremos acompanhado e estejamos preparados para lutarmos em defesa da escola pública, gratuita, laica e nas comunidades. Afinal, 165 alunos importam. Estamos falando de duas comunidades com os coletivos de famílias, que representam mais de 60% da população do município. É desse lugar que falamos e defendemos o funcionamento do Anexo da Rede Estadual no Distrito de Gonçalo. Aqui temos Histórias, com o H maiúsculo para contar, não vamos apagar nossa história em função de aumentar o número de alunos do “Colégio Modelo”. Mas, sim, perpetuar a memória dos que lutaram e contribuíram para fundação do Ensino Médio no Distrito de Gonçalo.

Escola linda e maravilhosa, não é sinônimo de produção de conhecimento, mais importante que paredes de concretos e estrutura física são as PESSOAS. O que torna uma Escola empolgante são os seus personagens que dão vida e produzem saberes e cultivam sonhos que se tornam realidade.

NÃO AO FECHAMENTO DO ANEXO DO ENSINO MÉDIO EM GONÇAO!.




Nenhum comentário:

Postar um comentário