A
APLB Núcleo Sindical de Caém realizou neste último dia 29/07, Assembleia Geral
com os trabalhadores da Educação, com o objetivo de fazer um balanço das ações
do sindicato no primeiro semestre de 2017, de discutir prepositivos acerca do
Precatório - Recurso vinculado ao Município de Caém mediante processo tramitado
e julgado contra a União que busca restituir ao ente federado (Caém), as perdas
ocorridas no período de 1998 a 2004, por conta da União ter repassado o VMAA
(Valor Mínimo Aluno Ano) a menos do que a
determinação da Lei 9424/96, no Art. 6, que é o valor mínimo que os municípios
deveriam gastar por aluno na rede pública.
A
arrecadação a menos dos recursos pelos municípios, gerou uma perda aos professores
conforme o que determina o Art. 7 da lei 9494/96. Ocorre que em 1998, os
professores da rede municipal de CAÉM por conta dessa redução tiveram em sua
Carteira de Trabalho, o “chamado Desdobramento”, ou seja, passaram a ter perda
de salário, uma vez que em 20 horas recebiam o salário mínimo acrescido de
algumas vantagens amparadas no Plano de Carreira Municipal e nas outras 20
horas o salário mínimo sem quaisquer vantagens amparadas na lei. É sabido por
todos que essa situação persistiu até dezembro de 2011.
Mesmo
com a Lei 11.494/2007 e da Lei 11.738/2008, os professores de Caém continuaram
tendo seus vencimentos sendo pagos abaixo do que determinam as Leis Federais. Isso
acarretou perdas irreparáveis, ficando visível que as perdas não foram apenas do
município, mas também dos trabalhadores, por conta dessa situação os gestores
de Caém não atualizaram os Planos de Carreiras conforme as determinações
federais durante esse período, ficando a categoria sem sua devida valorização.
Diante
dessa realidade os trabalhadores recorrem à justiça na tentativa de garantir o ressarcimento
dessas perdas, uma vez que, o município está sendo ressarcido por essas perdas.
A reivindicação dos trabalhadores vai à luz do cumprimento do que determina o
Art. 22 da Lei Federal nº 11.494/2007, que regulamenta os recursos do FUNDEB,
uma vez que o FUNDEF não existe mais e os recursos da Educação são
regulamentados por esta lei.
É
diante dessa realidade que os professores buscam se mobilizar e
aprovaram na Assembleia alguns encaminhamentos, o diálogo com o poder público
na tentativa de fecharem um acordo Extra Judicial para garantirem o pagamento
de 60% desses recursos aos professores; promover Ação Civil Pública pedindo o
bloqueio de 60% desses recursos; organizar uma mobilização na Câmara de
Vereadores para que seja aberto o dialogo e a negociação na construção do
Acordo Extra Judicial com o Poder Executivo.
No
tocante ao Balanço das ações do sindicato no primeiro semestre de 2017, a
coordenação do sindicato apresentou 10 pontos que foram avançados e que
trouxeram conquistas aos trabalhadores, para a APLB um dos pontos mais fulcral
é o dialogo entre os trabalhadores e o Poder Público.
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