sábado, 22 de julho de 2023

O ENSINO MÉDIO E A VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL NA EDUCAÇÃO DA BAHIA

Nos dias 20 e 21 de julho, a APLB/Sindicato promoveu o Seminário com o título “Impactos do Novo Ensino Médio e a Valorização dos/as profissionais de Educação da Bahia. O evento correu no Hotel Fiesta, em Salvador. O objetivo do seminário foi reunir lideranças sindicais, professores, coordenadores pedagógicos, autoridades que vem debatendo o assunto e pautando o tema na sua atuação profissional e política. Mas as principais estrelas e convidados foram os estudantes do ensino médio. E nesse sentido nada mais apropriado do que ouvir aqueles que estão diretamente envolvidos e “vitimas” de um modelo educacional que em nada ou quase nada contribuiu na formação dos mesmos, nesse caso os ESTUDANTES, que tiveram presença marcantes os representantes da Associação Baiana dos Estudantes Secundaristas (ABES) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).

Os relatos e depoimentos dos estudantes emocionaram o público e mobilizou para a importância da luta na revogação do “novo ensino médio”. Para eles esse modelo necessita ser revogado, e o ensino tem que ofertar conhecimentos historicamente construídos pela humanidade e que esses promovam a formação intelectual, profissional, humana, colocando os alunos da escola pública em lugar de destaque e de condição de galgar espaços nas universidades. Para tanto conclamaram os professores e o movimento sindical no engajamento do movimento e parabenizaram a APLB pelo brilhante Seminário e a pauta discutida.

A valorização dos profissionais da educação, fez parte do desmembramento dos temas e se constituiu e se constituem no epicentro do debate do movimento sindicalista. Para o coordenador da APLB/Caém, não existe melhoria nos índices da qualidade do ensino se antes não investir na valorização dos trabalhadores/as da educação na transformação dos ambientes escolares, na formação política dos professores e nas políticas públicas educacionais pautadas na formação dos jovens, que tenham como âncora os conhecimentos historicamente construídos pela humanidade.

        Para a CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, a BNCC que está em vigor representa:

“Golpeia direitos fundamentais ao negar o debate escolar sobre gênero, raça e diversidade e compromete o futuro de milhões de estudantes das escolas públicas, que estarão à mercê das recomendações curriculares restritivas de conteúdos e de direitos, ditados pelas grandes empresas;

Favorecem a grupos empresariais: os únicos que ganham com a BNCC golpista são os grupos empresariais da educação;

Mais que um extenso cardápio de conteúdo, que é essa BNCC, o currículo deve constituir a principal referência para atrair a juventude para a escola – sobretudo os 20% de jovens entre 15 e 17 anos que não estudam nem trabalham e os mais de 60 milhões de adultos que não concluíram o ensino médio e que encontram dificuldades para se estabelecerem em empregos de qualidade;

Fragiliza a autonomia docente: sobre a autonomia do trabalho pedagógico dos/as educadores/as. Entre tantas outras questões.”

Marcaram presença os coordenadores da APLB, Delegacia Sindical do Minério (Caém) e da Delegacia do Ouro (Jacobina), entre vários outros representantes da APLB de todo Estado da Bahia. 












 

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