Nos
dias 20 e 21 de julho, a APLB/Sindicato promoveu o Seminário com o título “Impactos
do Novo Ensino Médio e a Valorização dos/as profissionais de Educação da Bahia.
O evento correu no Hotel Fiesta, em Salvador. O objetivo do seminário foi
reunir lideranças sindicais, professores, coordenadores pedagógicos, autoridades
que vem debatendo o assunto e pautando o tema na sua atuação profissional e política.
Mas as principais estrelas e convidados foram os estudantes do ensino médio. E
nesse sentido nada mais apropriado do que ouvir aqueles que estão diretamente
envolvidos e “vitimas” de um modelo educacional que em nada ou quase nada
contribuiu na formação dos mesmos, nesse caso os ESTUDANTES, que tiveram
presença marcantes os representantes da Associação Baiana dos Estudantes
Secundaristas (ABES) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).
Os
relatos e depoimentos dos estudantes emocionaram o público e mobilizou para a
importância da luta na revogação do “novo ensino médio”. Para eles esse modelo necessita
ser revogado, e o ensino tem que ofertar conhecimentos historicamente construídos
pela humanidade e que esses promovam a formação intelectual, profissional, humana,
colocando os alunos da escola pública em lugar de destaque e de condição de galgar
espaços nas universidades. Para tanto conclamaram os professores e o movimento
sindical no engajamento do movimento e parabenizaram a APLB pelo brilhante
Seminário e a pauta discutida.
A
valorização dos profissionais da educação, fez parte do desmembramento dos
temas e se constituiu e se constituem no epicentro do debate do movimento sindicalista.
Para o coordenador da APLB/Caém, não existe melhoria nos índices da qualidade do
ensino se antes não investir na valorização dos trabalhadores/as da educação na
transformação dos ambientes escolares, na formação política dos professores e
nas políticas públicas educacionais pautadas na formação dos jovens, que tenham
como âncora os conhecimentos historicamente construídos pela humanidade.
Para a
CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, a BNCC que está em
vigor representa:
“Golpeia direitos fundamentais ao negar o
debate escolar sobre gênero, raça e diversidade e compromete o futuro de
milhões de estudantes das escolas públicas, que estarão à mercê das
recomendações curriculares restritivas de conteúdos e de direitos, ditados
pelas grandes empresas;
Favorecem
a grupos empresariais: os únicos que ganham com a BNCC golpista são os grupos
empresariais da educação;
Mais
que um extenso cardápio de conteúdo, que é essa BNCC, o currículo deve
constituir a principal referência para atrair a juventude para a escola – sobretudo
os 20% de jovens entre 15 e 17 anos que não estudam nem trabalham e os mais de
60 milhões de adultos que não concluíram o ensino médio e que encontram
dificuldades para se estabelecerem em empregos de qualidade;
Fragiliza
a autonomia docente: sobre a autonomia do trabalho pedagógico dos/as
educadores/as. Entre tantas outras questões.”
Marcaram presença os
coordenadores da APLB, Delegacia Sindical do Minério (Caém) e da Delegacia do
Ouro (Jacobina), entre vários outros representantes da APLB de todo Estado da
Bahia.
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