Os
professores da rede municipal de Caém aderiram à paralisação nacional e se
reuniram em Assembleia para discutirem a
conjuntura educacional brasileira, contra
a Terceirização, as MPs 664 e 665 e o ajuste fiscal, em defesa dos direitos e
da democracia.
Os trabalhadores discutiram
a importância da união da categoria e as conquistas obtidas pela luta sindical nos
níveis nacional, estadual e municipal. O coordenador da APLB – Delegacia
Sindical do Minério, chamou a atenção dos companheiros para o discurso usado
pela sociedade, poder público e muitas vezes pelos próprios colegas, que afirmam
que ser professor é exercer uma profissão de “amor”, é ser “pai”, “tio” enfim,
exercer o papel que nem uma outra profissão exerce, afirmou que esse discurso é
apropriado para tirar o mérito e a importância do profissionalismo do
professor. “Professor é profissional como qualquer outo, seja o médico, o
advogado, o engenheiro, enfim, nessas profissões não se fala em ser “pai”, ser
“tio”, fala-se em profissionais que precisam ser valorizados e respeitados”.
No Brasil onde temos,
parlamentares assistindo vídeos pornô no Congresso, e professor é recebido com
balas de borracha e a cacetadas, ou como ocorrem nos municípios, onde são
intimidados, coagidos com a retirada dos seus salários, dos seus direitos como
os quinquênios, isso por que foram para as ruas quando o poder público se
recusou a negociar e valorizar a categoria, negando espaço nas escolas para os
trabalhadores realizarem reuniões para discutirem políticas públicas. É bom
que se diga que tudo isso ocorreu e vem ocorrendo no município que tem o lema “Cidade Criativa e Sustentável”,
onde se tem mais de 170 funcionários
contratados, e na mão inglesa o município cede a outro município vizinho
professores efetivos, diga-se de passagem esse município é Caém.
Diante de toda essa
realidade fica a grande duvida, Pátria Educadora? Cidade Criativa e
Sustentável? Com o corte de recursos, desvalorização, desrespeito e opressão com a classe que fundamenta e prepara
todas as outras classes?
Frisa-se por relevante que o prefeito
Arnaldo de Oliveira Filho, de forma execrável retirou
os salários dos professores, não só os dias de Greve, mas os quinquênios,
retroativos, e dias que não fizeram parte da greve, quando nas folhas de frequência
dos trabalhadores foi carimbado apenas as faltas referentes aos dias e horários
que o professor teria aula e estavam em greve.
Diante de toda essa realidade
por unanimidade os professores Grevistas,
DIGA-SE GREVISTAS COM MUITO ORGULHO, como são chamados, decidiram de forma
peremptórica não cumprir o calendário de reposição imposto pelo poder público
dos dias de greve, até que seus salários sejam devidamente devolvidos da mesma
forma que foram retirados.
Como é cediço a LDB é clara, quando faz
referência ao mínimo de 800 horas e 200 dias letivos para os alunos e, quem tem
a obrigação de assegurar esse direito são os entes federados Estados, Distrito
Federal e os Municípios.
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