domingo, 8 de março de 2015

A LUTA CONTINUA


Foi realizada a segunda Assembleia da categoria dos trabalhadores da educação, com a finalidade de discutir a proposta de reajuste de salário que o poder executivo apresentou à coordenação da APLB Sindicato no dia 25 de fevereiro/2015.  O encontro aconteceu em um clima tenso por conta da Secretaria Municipal de Educação ter negado o espaço no Colégio Municipal de Caém, após ter sido solicitado através de ofício enviado pela APLB. Para a coordenação do sindicato e para a categoria, esse ato caracterizou a falta de respeito, provando o quanto o poder público na pessoa do prefeito e da secretária de educação VALORIZAM a educação e mostra o respeito que ele tem pelos professores. Na oportunidade lembramos das suas propostas de campanha distribuídas a sociedade como um pré-projeto a ser aplicado, caso eleito. Eleito sim, cumpridor não! Veja o enunciado: (Educação - Proposta 10) “Buscar uma relação de confiabilidade e entendimento com o Sindicato dos Servidores municipais e APLB, buscando a valorização dos profissionais da área da educação e demais, oferecendo melhores condições de trabalho...”.
 De forma verbal a Secretária Municipal de Educação justificou que não poderia ceder o espaço por conta do cumprimento do calendário escolar. O mais interessante é que a própria secretaria elaborou um calendário escolar, na qual as aulas deveriam iniciar no dia 23/02 e só começaram no dia 02/03, oito dias depois. Então fica a pergunta: Qual era mesmo a justificativa? Seria o período de uma tarde que causaria tanta diferença no cumprimento do calendário?
Bom, tirando esse lamentável episodio, a assembleia foi realizada no salão da Igreja Paróquial. Comovido com o desconforto dos trabalhadores em educação que tiveram o acesso negado no colégio municipal e expostos em praça pública a uma temperatura de mais de 30ºC, o padre Luiz cedeu o espaço no salão paroquial.
Os trabalhadores que se encontravam reunidos na Praça do São Pedro se dirigiram até o local e começaram a análise da proposta de reajuste, essa análise contou com a participação de Dr. Noildo Gomes, diretor da Executiva Estadual da APLB e advogado. Suas colocações reforçaram e fortaleceram o desejo dos professores em continuar a luta e fazerem o que for possível para terem sua devida valorização. No momento, as divergências ocorrem com relação ao reajuste do nível II, que representa em torno de 42% da categoria, o poder executivo ofereceu 8,8% e a categoria reivindica 16,9%. Lembramos que a proposta inicial da categoria era de 25% para este nível, porem na assembleia do dia 20/02, os profissionais da Educação resolveram reduzir a mesma para 16,9%, no entanto o poder público estacionou em 8,8% (proposta inicial). O nível III que representa apenas 17,7% da categoria  já se chegou a um consenso.
No final da assembleia a categoria rejeitou por unanimidade a proposta de 8,8% dada pelo poder executivo para o nível II e decidiram fazer a luta na busca do cumprimento dos 16,9%, que conforme estudos de viabilidade econômica (entregue ao poder executivo) comprovam que é possível o atendimento da reivindicação da categoria. Já que o impacto na folha de pagamento entre o que o prefeito está oferecendo e o que a categoria reivindica para esse nível fica em torno de R$ 9.668,39 ao mês e incluindo o 13º e um 1/3 de férias teremos um impacto de R$ 130.523,26 ao ano.
Como afirmava Rui Barbosa: “Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado" 














Nenhum comentário:

Postar um comentário