Foi realizada a segunda Assembleia da categoria dos
trabalhadores da educação, com a finalidade de discutir a proposta de reajuste
de salário que o poder executivo apresentou à coordenação da APLB Sindicato no
dia 25 de fevereiro/2015. O encontro
aconteceu em um clima tenso por conta da Secretaria Municipal de Educação ter
negado o espaço no Colégio Municipal de Caém, após ter sido solicitado através
de ofício enviado pela APLB. Para a coordenação do sindicato e para a categoria,
esse ato caracterizou a falta de respeito, provando o quanto o poder público na
pessoa do prefeito e da secretária de educação VALORIZAM a educação e mostra o respeito que ele tem pelos
professores. Na oportunidade lembramos das suas propostas de campanha
distribuídas a sociedade como um pré-projeto a ser aplicado, caso eleito.
Eleito sim, cumpridor não! Veja o enunciado: (Educação - Proposta 10) “Buscar uma relação de confiabilidade e entendimento
com o Sindicato dos Servidores municipais e APLB, buscando a valorização dos
profissionais da área da educação e demais, oferecendo melhores condições de
trabalho...”.
De forma verbal a
Secretária Municipal de Educação justificou que não poderia ceder o espaço por
conta do cumprimento do calendário escolar. O mais interessante é que a própria
secretaria elaborou um calendário escolar, na qual as aulas deveriam iniciar no
dia 23/02 e só começaram no dia 02/03, oito dias depois. Então fica a pergunta:
Qual era mesmo a justificativa? Seria o período de uma tarde que causaria tanta
diferença no cumprimento do calendário?
Bom, tirando esse lamentável episodio, a assembleia foi
realizada no salão da Igreja Paróquial. Comovido com o desconforto dos
trabalhadores em educação que tiveram o acesso negado no colégio municipal e expostos em praça pública a
uma temperatura de mais de 30ºC, o padre Luiz cedeu o espaço no
salão paroquial.
Os trabalhadores que se encontravam reunidos na Praça do
São Pedro se dirigiram até o local e começaram a análise da proposta de
reajuste, essa análise contou com a participação de Dr. Noildo Gomes, diretor
da Executiva Estadual da APLB e advogado. Suas colocações reforçaram e
fortaleceram o desejo dos professores em continuar a luta e fazerem o que for
possível para terem sua devida valorização. No momento, as divergências ocorrem
com relação ao reajuste do nível II, que representa em torno de 42% da
categoria, o poder executivo ofereceu 8,8% e a categoria reivindica 16,9%.
Lembramos que a proposta inicial da categoria era de 25% para este nível, porem
na assembleia do dia 20/02, os profissionais da Educação resolveram reduzir a
mesma para 16,9%, no entanto o poder público estacionou em 8,8% (proposta
inicial). O nível III que representa apenas 17,7% da categoria já se chegou a um consenso.
No final da assembleia a categoria rejeitou por
unanimidade a proposta de 8,8% dada pelo poder executivo para o nível II e
decidiram fazer a luta na busca do cumprimento dos 16,9%, que conforme estudos
de viabilidade econômica (entregue ao poder executivo) comprovam que é possível
o atendimento da reivindicação da categoria. Já que o impacto na folha de
pagamento entre o que o prefeito está oferecendo e o que a categoria reivindica
para esse nível fica em torno de R$
9.668,39 ao mês e incluindo o 13º e um 1/3 de férias teremos um impacto de R$
130.523,26 ao ano.
Como afirmava Rui Barbosa: “Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado"
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