O coordenador da APLB Sindicato de Caém professor Gilvando
Inácio e o Coordenador do Núcleo Sindical da APLB de Caldeirão Grande professor
João Carlos, participaram do 17º
Encontro de Funcionários da Educação nos dias 05 e 06 de junho/2014, na
cidade de Ilhéus/BA juntamente com mais de 600 delegados.
As temáticas discutidas durante os dois dias de encontro
foram voltadas para o Profuncionário,
programa do Ministério da Educação, efetuado e aplicado pela Secretaria de
Educação Profissional e Tecnológica, no seu cumprimento de indutor e
articulador de políticas de formação profissional, aplica em âmbito Nacional o curso do Profuncionário,
integra o programa de Valorização dos Trabalhadores em Educação.
Os trabalhos no decorrer do encontro foi dividido em 7
etapas:
1. Profuncionário na atualidade
2. Direito e Deveres, Ética e Assédio Moral
3. Concurso Público
4. Violência nas Escolas, Causas e Consequências
5. O Protagonismo dos Funcionários de Escola da Educação
6. A situação atual do não docentes aposentados
7. DST / AIDS
Os novos conceitos de escola
moderna, não se permite discriminação, as idéias produzidas por um ensino tradicional são caducas que só contribui para
uma educação conservadora, os professores produzem o saber na
sala de aula, expressando seus ensinamentos para os alunos e emitindo
conceitos. É importante observar que existem outras funções no
ambiente escolar que são feitas por outros profissionais, isso
nos faz entender que educar não é só função do professor,
mas sim de quem está dentro do contexto escolar, que funciona de forma dialética. Estamos falando da escola do futuro. Durante todos
estes longos anos a APLB-Sindicato, tem progredido na luta em defesa de uma
escola de qualidade, baseado- se em conceitos modernos democráticos e participativos na área de educação, e indo de encontro os paradigmas atrasados de educação. Este conceito
moderno se dá quando, o Conselho
Nacional de Educação define por unanimidade que o funcionário é um educador, e que é profissional de Educação (Lei
12014) no contexto escolar, pois os mesmos ajudam o processo educativo e fazem
as escolas funcionarem. Entendemos que
a escola moderna respeita: funcionários, professores, coordenadores pedagógicos. Trabalham de forma
simbiótica, com os pilares que sustentam
a escola, e que portanto todos tem importância; os funcionários cuidam do trabalho de infra-estrutura; burocrático
e administrativo, os professores
lecionam, e os coordenadores pedagógicos cuidam da área pedagógica respeitando as funções de cada segmento
no universo escolar.
É por isso que precisamos lutar para
que no Brasil se estabeleça urgentemente uma política
nacional de salário para os funcionários da educação, que trabalham em escola, os funcionários não podem ficar eternamente ganhando
um mísero salário mínimo que mal dá para sobreviver, e na
aposentadoria seu salário diminui drasticamente.
Fala da Advogada Denise:
"Antes de ser advogada, enquanto ainda cursava
Direito, trabalhei por um ano como merendeira de uma escola estadual. Tenho
muito, mas muito orgulho disso e penso ser
essa a época da minha vida em que mais cresci
como ser humano. Só quem já esquentou a barriga em um fogão para cozinhar para centenas de crianças, limpando banheiros, refeitórios,
lavando centenas de copos, pratos e talheres todos os dias pode compreender como é digna a luta para que
esses trabalhadores sejam
considerados como PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO, e não apenas como
"pessoal de apoio.
Os funcionários da escola fazem parte do processo educacional não só por estruturarem toda a unidade escolar, mas porque ensinam aos alunos através do exemplo, do serviço e da organização a serem pessoas
melhores. Como podemos admitir que um gestor municipal atrase mensalmente o já escasso salário desses servidores enquanto paga pontualmente aos professores? Como deixar que
lhes seja negado o terço de férias? Como fechar os olhos para o fato de
que os planos de carreira tradicionais não
lhes dá condições de progredir na carreira?
Nada disso pode ser tratado com
passividade. Esses e todos os outros abusos cometidos pelas administrações públicas municipais por aí devem ser rebatidos, rechaçados e
rejeitados por nós, servidores e cidadãos
brasileiros amparados por uma belíssima constituição.
Prefeitos municipais e vereadores são servidores públicos também e têm deveres a
cumprir. Como representantes dos poderes executivo e legislativo, devem prezar
pelo respeito a todas as pessoas, começando por tratar com dignidade seus servidores".